Thursday, 29 November 2018

Exposições sobre José Saramago nas III Jornadas Internacionais

No âmbito das III Jornadas Internacionais José Saramago da Universidade de Vigo, neste que é o ano das comemorações dos 20 anos do Nobel português, a I Cátedra Internacional José Saramago organiza várias exposições sobre o autor português. 

"O Premio Nobel de Saramago na Imprensa Galega"

A primeira é uma exposição inédita intitulada «O prémio Nobel de Saramago na imprensa galega». A 8 de outubro de 1998 foi anunciado que o Prémio Nobel da Literatura era, pela primeira vez, atribuído a um escritor de língua portuguesa. A imprensa global noticiou com apresso e reconhecimento este feito indissociável de toda a lusofonia. 

Na Galiza não foi diferente e, passados 20 anos, as notícias publicadas nos principais jornais galegos aquando do anúncio do Nobel poderão ser visitadas entre os dias 3 e 5 de dezembro, na histórica Casa das Campás, no campus de Pontevedra da Universidade de Vigo. A entrada ao público é gratuita e decorrerá entre as 9h e as 20h. 

A exposição foi organizada por Luísa Pina e a instalação contou também com o apoio de Laura Carrillo.


"José Saramago: 20 anos do Prémio Nobel"

Além disso, uma parceria entre o Camões, I.P. e a Fundação José Saramago tornou possível que qualquer instituição, em qualquer parte do mundo, tenha a partir de hoje à sua disposição uma exposição inédita, em português e inglês, comemorativa dos 20 anos do Prémio Nobel de Literatura de José Saramago. 


Com curadoria da FJS e realização do estúdio Silvadesigners, a exposição «José Saramago: 20 anos do Prémio Nobel» é composta por 22 painéis com fotografias de Estelle Valente, textos de Ricardo Viel e ilustrações de Gonçalo Viana que, em conjunto, traçam um panorama da atribuição do máximo galardão das Letras ao autor de Todos os Nomes.


A I Catedra Internacional José Saramago tem muito gosto em poder exibir esta exposição, no âmbito das III Jornadas Internacionais José Saramago da Universidade de Vigo, na Casa das Campás, entre os dias 3 e 5 de dezembro. A entrada é gratuita e aberta a todo o público.



"A passarola"

Finalmente, haverá também uma exposição de cinco obras de animação audiovisual que constituem representações e adaptações livres da passarola de Memorial do Convento, de José Saramago realizados por María Abal Blanco / Ruth Pérez Rodríguez; Laura Carrillo Neira / Bianca Anton Mihaela; Andrea Alonso Casado / Gels Caletrío Rubio / Sarah Espinosa / Yvonne Marielle López Gaus / Alba Velázquez García; Nicolás Vázquez Ben / Adrián García Suárez; e Daniela Lama Rodríguez / Carlota Rivas Corrales / Sheila Santana Rúa.

As cinco animações são o resultado das conclusões iconológicas e iconográficas alcançadas por estes grupos de estudantes da cadeira “Procesos de Animación Audiovisual II” (curso académico 2016-2018) do mestrado “Libro Ilustrado e Animación Audiovisual” (Facultade de Belas Artes da Universidade de Vigo). Trata-se de um projecto de colaboração e de investigação deste mestrado com a CJS que ainda se encontra em curso, uma vez que se pretende editar estas obras em formato DVD.

Cordenador do Mestrado: José Chavete Rodríguez.
Coordenador/a do projeto: Sol Alonso Romera & Fernando Suárez Cabeza.

Sunday, 18 November 2018

Espectáculo poético-musical de Electroplasma: "Do poleiro da sombra"

Se tudo a vãs palavras se reduz
E com elas me tapo a retirada,
Do poleiro da sombra nego a luz
Como a canção se nega embalsamada.
José Saramago

Dentro do marco das III Xornadas Internacionais José Saramago da Universidade de Vigo, que se celebrarán entre os días 3 e 5 de decembro, contarase coa performance poético-musical e audiovisual do grupo Electroplasma. 

Electroplasma é un proxecto formado por Xurxo Nóvoa e Alexandre Soares. Xurxo Nóvoa (Vigo, Galiza) é poeta e fundador do proxecto Guilherme e Bastardo, e Alexandre Soares (Porto, Portugal) é fundador de GNR e Osso Vaidoso. Eelectroplasma é un local itinerante onde se mesturan poesía, música e teatro, e onde a imrpovisación é un sinal de identidade. O Plasma é un dos estados físicos da materia que posúe propiedades bastante diferentes das de sólidos, líquidos e gases. Non posúe forma ou volume e é electricamente condutor. No universo, o plasma é o estado máis común da materia. O electro-plasma é un tipo de plasma que sostén a súa coherencia física grazas aos harmónicos. Pódese consultar máis información na páxina oficial do seu facebook:


A través do seu espectáculo "Do poleiro da sombra", Electroplasma introdúcenos no mundo de José Saramago. "Do poleiro da sombra" é unha performance poético-musical (e visual) na que Electroplasma propón um roteiro cósmico sobre a obra de José Saramago en ligazón coa poesía lusófona e mesmo universal, especialmente con aqueles autores e autoras da Galiza máis próximos da sua constelación literaria e da súa actitude ética. 

Electroplasma invítanos, da forma que segue, ao seu espectáculo, que se celebrará o próximo día 4 de decembro ás 19h00 no Salón X, da Facultade de Belas Artes (Pontevedra):

"Se nos acompanharem nesta passagem, durante uns 60 minutos seremos astronautas a percorrer o universo do Nobel: da Quinta da Broa à Sierra Madre de Chiapas, da faixa de Gaza ao Bundesbank, do Charco Verde e o Timanfaya à sombra das azinheiras sem idade.

Para esta travessia apenas precisam bagagem: vontade de nos encontrarmos e paixão para vivermos na dissidência e no improviso.

            Até breve e boa viagem!".

Sunday, 28 October 2018

Call for Papers "Metalepse e transmedialidade"

O Grupo Intermedialidades do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, organiza um congresso em torno da metalepse como noção transmedial. Pretende-se averiguar como e porquê esta figura está tão presente na literatura e nas artes em geral e analisar as suas muitas formas de funcionamento e de manifestação.



O congresso terá lugar na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, a 4-5 de Abril de 2019, e privilegiará os seguintes pontos de abordagem teórico-crítica:

- O conceito de metalepse: história e teorias;
- Leituras transmediais da metalepse;
- Metalepse e mise-en-abyme, reconfigurações do autor e do receptor, especificidades genológicas;
- Experiências do contemporâneo: a metalepse ontológica na literatura, nas artes visuais, audiovisuais e performativas;
- Metalepse e crise do dispositivo;
- Metalepse e poesia.

As propostas de comunicação, a enviar para o email ilc@letras.up.pt até ao próximo dia 14 de Dezembro, serão apreciadas pela Comissão Científica do Colóquio e deverão incluir os seguintes elementos:

- Nome
- Filiação institucional
- Nota biográfica (±200 palavras)
- Título da comunicação
- Tópico da comunicação
- Resumo (±200 palavras)

Os resultados da apreciação das propostas serão comunicados até 18 de Janeiro.


INSCRIÇÕES

Primeira fase, até 1 de Fevereiro : 100,00 €
- Estudantes: 50,00 €
- Membros do ILC, da Rede LyraCompoetics : 0,00

Segunda fase, de 2 a 25 de Fevereiro: 120,00 €
- Estudantes: 60,00 €
- Membros do ILC e da Rede LyraCompoetics : 0,00

Para mais informações, por favor contacte ilc@letras.up.pt ou visite o site http://ilcml.com/

Sunday, 21 October 2018

Novo número de E-lyra: "O poético e o político"

Já está disponível o novo número da revista E-LyraO poético e o político, organizada por Burghard Baltrusch, Alethia Alfonso, Cristina Tamames e Alba Cid.


Hoje em dia, a relação entre poética e política reveste-se de múltiplos matizes. Não só devido à sua variação ontológica sobre aquilo que criticam, mas também pelas diferenças geo-históricas e culturais, algumas das quais estão representadas neste número. Superando a concepção de “arte política” qualquer restrição temática ou intencional e considerando outras questões, como a adequação enunciativa, a espacialidade ou a actio a ela vinculada, importa dizer que certamente os matizes da relação poética e política são inumeráveis espectros de cinzento, não um branco ou um negro. Expande-se então a ideia de poética e o trabalho do crítico, perfilando uma consideração geral sobre os modos de ler e investigar poesia hoje, ao mesmo tempo que também se torna mais viável entender obras intermediais, o “que fazer” desde o múltiplo. Nesta linha, será necessário questionar uma vez mais a noção de poesia no nosso tempo, prestando a devida atenção ao seu estatuto multifuncional e instável, e operando depois com noções como “poesia não-lírica”ou com a noção de “espaço público”.

Combinando a criação, a atenção teórico-metodológica com a sua aplicação crítica em estudos de caso, ábrese um número plural, polifónico. A filosofia política, a teoria literária, o comparatismo, a hermenéutica e as práticas artísticas convergem em diferentes corpos, espaços ou textos, relacionando  praças públicas, prisões, outridades, oralidade e performance, visões sobre as possibilidades e os efeitos de internet, etc. Acredita-se que esta observação cruzada de práticas e discursos de resistência na actualidade, articulados de modo relacional, permite repensar as correspondências entre poesia e política, diferenciar entre efeitos performativos e eficácia política imediata, ligando tudo isso ao alargamento da concepção do poético. Também este número da eLyra começa com uma secção de textos poéticos inéditos, neste caso ordenados por âmbito sociocultural e linguístico e, dentro deste, de forma alfabética. A secção de estudos começa com uma contextualização teórica e metodológica da relação entre o poético e o político, entre solidão e comunidade na poesia, entre poiesisaisthesise politeia. Como complemento a esta variedade de abordagens, há ainda um inquérito com quatro perguntas a artistas, poetas e investigadores, para que reflectissem sobre a relação entre o poético e o político no seu trabalho. A última secção, “Política do Olhar”, compila fotografias de intervenções e constelações poético-políticas no espaço público, para mostrar a importância dos sistemas de significação não-verbal na interacção e mediação públicas.

Tuesday, 11 September 2018

Conferencias de la profesora Kenya Aubry Ortegón en la Facultad de Filología y Traducción de la Universidad de Vigo



Kenya Gabriela Aubry Ortegón. Doctora en Teoría de la Literatura por la Universidad de Santiago de Compostela y Maestra en Literatura Mexicana por el Instituto de Investigaciones Lingüístico-Literarias de la Universidad Veracruzana. Ha publicado artículos sobre narrativa hispanoamericana de los siglos XX-XXI  en Semiosis, Románica Silesiana, La Palabra y el Hombre, Amoxcalli, Cuadernos de Investigación Filológica, entre otras; y capítulos de libro (ediciones de la UADY y de Biblioteca Nueva). Profesora titular de teoría literaria y seminario de investigación en la Facultad de Humanidades de la Universidad Autónoma de Campeche. Líneas de investigación: narrativa hispanoamericana siglos XX-XXI y poesía mexicana siglos XX-XXI.    
Los días 17 y 18 de septiembre estará en la Universidad de Vigo presentando las siguientes conferencias en la Facultad de Filología y Traducción, ambas a las 12 am:

“La construcción social de las fronteras mexicanas: la narconovela y la novela de la frontera”

En la tradición de la novela mexicana predomina la preferencia por la narratividad de hechos, acontecimientos y situaciones sociales que provienen del entorno sociocultural. La novela mexicana a partir de la última década del siglo pasado manifestó un excesivo realismo mimético, fenómeno detectado en las llamadas novela de la frontera, narconovela y neonovela negra. Con el respaldo teórico que nos ofrecen las teorías sobre el realismo literario, ejemplificaremos tal manifestación (a la que también llamamos novela de realidad excesiva cuya interdiscursividad es de naturaleza mediática) a través de tres obras que pertenecen a los subgéneros de novela de la frontera y narconovela, que al mismo tiempo comparten los códigos del género policial; nos referimos a Otras caras del paraíso, de Francisco José Amparán, Balas de plata, de Élmer Mendoza y Entre perros, de Alejandro Almazán.

“Poetas mexicanas nacidas en la década de 1950: agentes poéticos de la construcción sociopolítica actual”

La poesía mexicana se circunscribe en una amplia tradición de lo que podríamos llamar poesía política: poemas cívicos, patrióticos, los que exaltan la Revolución de 1910, poemas que satirizan a las figuras públicas, o los que cuestionan a las instituciones, o los que aluden al imperialismo cultural y económico norteamericano. Las poetas nacidas en la década de 1950 centraron sus primeros textos en temas referentes a la identidad y a la memoria. No obstante, la crisis social por la desprofesionalización política que raya en el cinismo, la violación a los derechos humanos, el crimen organizado, la excesiva corrupción y la impunidad, ha movido a poetas como Coral Bracho y Minerva Margarita Villarreal a girar sus tematizaciones hacia lo sociopolítico. En este sentido, reflexionaremos en torno de los sujetos poéticos de las autoras mencionadas, en tanto agentes poéticos de la construcción sociopolítica actual.