Sunday, 28 October 2018

Call for Papers "Metalepse e transmedialidade"

O Grupo Intermedialidades do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, organiza um congresso em torno da metalepse como noção transmedial. Pretende-se averiguar como e porquê esta figura está tão presente na literatura e nas artes em geral e analisar as suas muitas formas de funcionamento e de manifestação.



O congresso terá lugar na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, a 4-5 de Abril de 2019, e privilegiará os seguintes pontos de abordagem teórico-crítica:

- O conceito de metalepse: história e teorias;
- Leituras transmediais da metalepse;
- Metalepse e mise-en-abyme, reconfigurações do autor e do receptor, especificidades genológicas;
- Experiências do contemporâneo: a metalepse ontológica na literatura, nas artes visuais, audiovisuais e performativas;
- Metalepse e crise do dispositivo;
- Metalepse e poesia.

As propostas de comunicação, a enviar para o email ilc@letras.up.pt até ao próximo dia 14 de Dezembro, serão apreciadas pela Comissão Científica do Colóquio e deverão incluir os seguintes elementos:

- Nome
- Filiação institucional
- Nota biográfica (±200 palavras)
- Título da comunicação
- Tópico da comunicação
- Resumo (±200 palavras)

Os resultados da apreciação das propostas serão comunicados até 18 de Janeiro.


INSCRIÇÕES

Primeira fase, até 1 de Fevereiro : 100,00 €
- Estudantes: 50,00 €
- Membros do ILC, da Rede LyraCompoetics : 0,00

Segunda fase, de 2 a 25 de Fevereiro: 120,00 €
- Estudantes: 60,00 €
- Membros do ILC e da Rede LyraCompoetics : 0,00

Para mais informações, por favor contacte ilc@letras.up.pt ou visite o site http://ilcml.com/

Sunday, 21 October 2018

Novo número de E-lyra: "O poético e o político"

Já está disponível o novo número da revista E-LyraO poético e o político, organizada por Burghard Baltrusch, Alethia Alfonso, Cristina Tamames e Alba Cid.


Hoje em dia, a relação entre poética e política reveste-se de múltiplos matizes. Não só devido à sua variação ontológica sobre aquilo que criticam, mas também pelas diferenças geo-históricas e culturais, algumas das quais estão representadas neste número. Superando a concepção de “arte política” qualquer restrição temática ou intencional e considerando outras questões, como a adequação enunciativa, a espacialidade ou a actio a ela vinculada, importa dizer que certamente os matizes da relação poética e política são inumeráveis espectros de cinzento, não um branco ou um negro. Expande-se então a ideia de poética e o trabalho do crítico, perfilando uma consideração geral sobre os modos de ler e investigar poesia hoje, ao mesmo tempo que também se torna mais viável entender obras intermediais, o “que fazer” desde o múltiplo. Nesta linha, será necessário questionar uma vez mais a noção de poesia no nosso tempo, prestando a devida atenção ao seu estatuto multifuncional e instável, e operando depois com noções como “poesia não-lírica”ou com a noção de “espaço público”.

Combinando a criação, a atenção teórico-metodológica com a sua aplicação crítica em estudos de caso, ábrese um número plural, polifónico. A filosofia política, a teoria literária, o comparatismo, a hermenéutica e as práticas artísticas convergem em diferentes corpos, espaços ou textos, relacionando  praças públicas, prisões, outridades, oralidade e performance, visões sobre as possibilidades e os efeitos de internet, etc. Acredita-se que esta observação cruzada de práticas e discursos de resistência na actualidade, articulados de modo relacional, permite repensar as correspondências entre poesia e política, diferenciar entre efeitos performativos e eficácia política imediata, ligando tudo isso ao alargamento da concepção do poético. Também este número da eLyra começa com uma secção de textos poéticos inéditos, neste caso ordenados por âmbito sociocultural e linguístico e, dentro deste, de forma alfabética. A secção de estudos começa com uma contextualização teórica e metodológica da relação entre o poético e o político, entre solidão e comunidade na poesia, entre poiesisaisthesise politeia. Como complemento a esta variedade de abordagens, há ainda um inquérito com quatro perguntas a artistas, poetas e investigadores, para que reflectissem sobre a relação entre o poético e o político no seu trabalho. A última secção, “Política do Olhar”, compila fotografias de intervenções e constelações poético-políticas no espaço público, para mostrar a importância dos sistemas de significação não-verbal na interacção e mediação públicas.